Reunião dia 22 de abril
ás 15 h - Igreja São Joaquim e Santana - Vila União
Comunidade São Joaquim e Santana, na Vila União. Área Dom Luciano. Campinas / SP
Introdução
Somos Pastoral Afro em todos os lugares.
Nosso contato: boletimafroativo@yahoo.com.br
Um de nossos objetivos é sensibilizar a igreja para o conhecimento das questões étnico-raciais que estão postas em nosso meio.
Santa Ceia
Nossa Programação:
Missa Lava pés - Quinta feira ás 20 hrs
Vigília logo após até meia noite
Via Sacra - Sexta feira ás 07 hr (pastoral 10 estação)
Saida da frente da unidade de saúde Vila União
Vigília logo após até meio dia
Adoração ao crucificado - Sexta feira ás 15 hr
Vigilia Pascal (missa do fogo) - Sabado ás 19 hr
Missa de Páscoa - Domingo ás 10 hr
Na Igreja Católica, a Eucaristia é um dos sete sacramentos.
A Eucaristia é o próprio sacrifício do Corpo e do Sangue do Senhor Jesus, que Ele instituiu para perpetuar o sacrifício da cruz no decorrer dos séculos até ao seu regresso.
Comungar ou receber a Comunhão é nome dado ao ato pelo qual o fiel pode receber a sagrada hóstia sozinha, ou acompanhada do vinho consagrado, especialmente nas celebrações de Primeira eucaristia e Crisma.
A Igreja Católica confessa a presença real de Cristo, em seu corpo, sangue, alma e Divindade após a transubstanciação do pão e do vinho, ou seja, a aparência permanece de pão e vinho, porém a substância se modifica, passa a ser o próprio Corpo e Sangue de Cristo.
O pão se TRANSFORMA em carne e o vinho se TRANSFORMA em sangue.
Cotas em concursos
Constituição respalda políticas afirmativas, dizem debatedores sobre cotas em concursos
Iara Farias Borges
A implantação de uma política de cotas raciais nos concursos públicos foi tema de audiência pública na Subcomissão Permanente em Defesa do Emprego e da Previdência Social (Casemp), nesta terça-feira (27). Os participantes argumentaram que as políticas afirmativas têm embasamento constitucional e são uma forma de reduzir as desigualdades sociais no país.
A secretária-geral de Contencioso da Advocacia-Geral da União (AGU), Grace Maria Mendonça, disse que as políticas de combate à pobreza dão acesso à educação e, em consequência, propiciam o aumento da renda e a melhora condições sociais. Ela observou ainda que as políticas de cotas e outras ações afirmativas devem ter caráter transitório, ou seja, até que haja igualdade de condições sociais para todos os brasileiros.
A transitoriedade das políticas afirmativas também foi ressaltada pelo secretário executivo da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, Mário Theodoro. Em sua avaliação, as desigualdades sociais estão relacionadas ao racismo e ações como a reserva de cotas contribuem para a oferta de igualdade de oportunidades.
- As cotas não vêm como algo por tempo indeterminado, mas para mitigar um problema de desigualdade no acesso à educação. Será que queremos continuar a ter a elite cultural que tivemos até hoje e que não tem nada a ver como seu povo? – questionou.
O coordenador da Comissão de Direitos Humanos da Procuradoria Geral do Estado do Rio Grande do Sul (PGE-RS), Carlos César D’Elia, ressaltou que as políticas de reserva de cotas não são inconstitucionais, uma vez que a igualdade de acesso às oportunidades não é respeitada. As ações afirmativas, disse, são embasadas em fundamentos constitucionais, instrumentos internacionais e leis federais. Além disso, destacou, cumprem os requisitos de racionalidade e sustentação jurídica que justifique sua aplicação.
Ele ainda criticou a ideia de que as pessoas que utilizam cotas não possuem méritos. Em sua visão, esses brasileiros foram privados de oportunidades, o que deve ser corrigido pela política de cotas.
- A meritocracia é argumento cínico. Fala-se em mérito pessoal sem considerar as condições em que as pessoas vivem. Estabelece-se acesso desigual à formação e depois se cobra mérito. Que em breve possamos não precisar mais de políticas de cotas no Brasil - disse Carlos D’Elia.
Segundo o diretor executivo da Educação para Afrodescendentes e Carentes (Educafro), Frei David dos Santos, o presidente da Câmara, Marco Maia, que está no exercício da Presidência da República, afirmou, em audiência com grupo em greve de fome pela aprovação das cotas para negros, que a presidente Dilma Rousseff “tem simpatia” pelas políticas afirmativas. De acordo com Frei Davi, Marco Maia também prometeu pedir ao presidente do Senado, José Sarney, que apresse a aprovação do projeto de lei das cotas nas universidades.
Ensino Superior
Durante a audiência pública, o senador Paulo Paim (PT-RS) pediu ao presidente da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), senador Eunício Oliveira (PMDB-CE), que coloque em votação na comissão o Projeto de Lei da Câmara (PLS 180/2008), que prevê cotas nas universidades federais para estudantes negros, pardos e indígenas. A proposta é de autoria da deputada Nice Lobão (PSD-MA) e a relatora da matéria, senadora Ana Rita (PT-ES), já apresentou parecer pela sua aprovação.
Na avaliação de Paim, o debate sobre cotas no serviço público fortalece a aprovação do projeto de cotas nas universidades, que tramita na CCJ.
- Depois dessa audiência pública, eu não tenho dúvida de que os senadores da CCJ vão aprovar projeto por unanimidade, disse Paulo Paim.
Agência Senado
(Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)
Romaria das comunidades negras
Tema: A comunidade negra celebra a cultura e
paz!
Lema: Com a Mãe Aparecida somos protagonistas
de um novo tempo!
1- A vida se faz no caminhando!
Ao longo da
existência o ser humano encontra referenciais importantes para a vida. Dizem
que a vida vai além da materialidade, mas encontra sentido também no que é
simbólico. Uma caminhada é algo físico, concreto. Contudo o caminhar traz
presente outras tantas significações que a colocam além de um mero repetir de
passos.
Caminhamos para
visitar amigos. Aí é uma caminhada de saudade, marcada pela expectativa do
encontro com alguém que queremos bem. Caminhamos para nos divertir. É a
caminhada que antecede momentos de alegria e prazer, tempero necessário à vida e que a tornam mais leve,
portanto mais saudável.
Caminhamos para
consolar alguém que sofre ou que está doente. São passos dados plasmados pela
dor, mas também pela solidariedade e partilha do que não é tão bom. É uma
caminhada para fazer o bem.
Caminhamos em busca
de uma notícia boa. É o andar esperançoso por algo significativo que dará outro
tom a vida.
Caminhamos em
silêncio. A ausência de palavras ditas é preenchida pela profundidade e sentido
das palavras não ditas.
Caminhamos em
procissão. O canto e a prece, entoados em comum, revelam a comunhão de um povo
que, na diferença, procura viver a unidade.
Jesus caminhava pela
Palestina. Antes dele, sua mãe caminhou. Foi até casa de Isabel carregando no ventre
o fruto do amor de Deus. Caminhou para servir e partilhar da alegria de ser mãe
(Lc 1,39s). A caminhada a levou ao encontro com Isabel que caminhou para lhe
saudar dizendo que era uma mulher agraciada/bendita por Deus (Lc 1, 42).
A caminhada de Maria gerou a caminhada de
Jesus, uma caminhada determinada pela perspectiva de fazer “vontade do Pai”. Era
(também uma caminhada geradoura de esperança para o povo que descobria, no
Nazareno, Deus visitando o seu Povo (Lc 7, 16)). Jesus encontrou em suas
andanças gente que o ouviu, gostou e os seguiu (Mc 1, 16 ). Encontrou pessoas
gritando por uma mudança na sua vida (Mc 10, 47). Vida mudada e reinício de
outra caminhada (Mc 10,52).
Encontrou adversários, que buscaram impedir a
caminhada. Não deixou de caminhar. A beira do poço encontrou uma mulher com uma
tradição diferente. E, na troca de palavras e de água, se trocou algo muito
maior, a certeza o amor de Deus (Jo 4, 7ss).
Encontrou alguém disposto a caminhar junto,
contudo sem disposição para assumir os riscos da caminhada (Mc 10, 17ss). Por
outro lado encontrou setenta e dois dispostos a andar e os enviou pelos
caminhos para anunciar o Reino de Deus (Lc10, 1ss).
Aproveitou para falar
de alguém que, no caminho, encontrou uma vida agonizando. Que adiou por um
tempo a viagem, porque no momento não era importante continuar caminhando. Era
necessário cuidar da vida fragilizada (Lc 10, 25ss).
No caminho encontrou
uma multidão faminta do pão do ensinamento e do pão que alimenta fisicamente.
Fez desta parada momentânea um tempo de ensino para o povo e para os
discípulos. Ensinou o sentido da partilha (Mc 8, 1ss).
Mesmo cansado teve
tempo e paciência para acolher as crianças. Elas tinham algo a ensinar aos
adultos e, sobretudo, aos discípulos (Mc 10, 13ss).
No caminho convidou a
s pessoas a trocarem seus fardos pesados pelo seu, que era leve e fácil de
carregar (Mt 11, 23-30).
Caminhando sobre as
águas mostrou aos discípulos que a firmeza da fé e da opção são maiores que as
forças contrárias ao Plano de Deus. Caminhando sobre as águas resgatou quem
sucumbia pela fragilidade da fé.
Foi ameaçado, mas
continuou caminhando. Alegrou-se e sorriu enquanto caminhava. Louvou a Deus
porque percebia que os fracos e pequeninos estavam compreendendo a sua
proposta.
Continuou caminhando,
pois havia um caminho a percorrer até que se cumprisse a vontade do Pai.
No caminho do
calvário encontrou as mulheres (Lc 23, 27). No silêncio e na dor encontrou a
solidariedade de Cireneu (Mt 27,32). Encontrou com Verônica que enxugou o
rosto. Era cuidado para continuar caminhando.
Caminhou com os Discípulos de Emaus e, como
muita paciência, explicou as escrituras, fez arder os corações, abriu-lhes a
mente e os provocou a voltarem para Jerusalém e testemunhar o ressuscitado ( Lc
23 13ss).
Nos caminhos da
Galiléia encontrou os onze discípulos. Falou da autoridade dada pelo Pai e os
enviou para os caminhos do mundo (Mt 28,16ss). Deveriam continuar a caminhada
por ele iniciada, continuar a missão...
O caminhar é mais que uma sucessão de passos.
É um andar repleto de vida nova. Depende de como caminhamos.
2- A caminhada das comunidades negras
As comunidades negras
estão caminhando. Não foi um caminho fácil. No entanto junto com as pedras e
obstáculos encontrou-se com outros irmãos dispostos a caminhar juntos. Foram
feitas paradas para recuperar as forças.
Alguém dos deu um copo de água Muitos demonstraram solidariedade. Não caminharam junto, mas incentivaram a continuar caminhando.
Alguém dos deu um copo de água Muitos demonstraram solidariedade. Não caminharam junto, mas incentivaram a continuar caminhando.
No primeiro sábado de
novembro as comunidades são convidadas a fazer outra caminhada. É uma caminhada
dentro da caminhada. Vamos até o Santuário da Mãe Aparecida louvar a agradecer
a oportunidade de caminharmos enquanto comunidade de fé. Será uma caminhada de
festa e alegria. Encontraremos outros caminheiros e lá celebraremos a
eucaristia com aquilo que é nosso jeito de ser, rezar e celebrar a vida.
Enquanto caminheiros vamos parar na casa da mãe Aparecida e celebrar o nosso
carinho pela Padroeira do Brasil.
O povo brasileiro tem
um amor muito grande a Nossa Senhora. Vai ao Santuário de Nossa Senhora
Aparecida porque acredita que Ela é a medianeira de todas as graças e sua
intercessora junto de Deus. Maria, que foi uma mulher simples, pobre, humilde e
cheia de Deus coloca dentro do coração de cada romeiro sua benevolência
maternal, convidando-o(a) a amar seu Filho. Ser romeiro de Nossa Senhora é ter
a certeza de que ela carrega as nossas dores e esperanças com sua fortaleza de
mulher e agraciada por Deus. É ver nela a mão que intercede em favor de seus
filhos e filhas para que comece a acontecer já aqui na terra o Reino de Deus.
2.1-
Caminhamos também em Romaria
As
romarias são uma prática religiosa muito difundida em quase todas as religiões
é a romaria, isto é, a peregrinação a lugares considerados sagrados, que tem um
significado especial na vida do povo.
A peregrinação é sinal de que as pessoas
buscam a Deus. Rezam com a mente e os lábios, mas também com os pés e todo o
corpo, pondo-se a caminho. Deus está sempre à frente ( Ex e nos chama a caminhar: sair de nós mesmos
para a terra estrangeira e sagrada do “outro”, do “diferente”.
Peregrinação é uma “viagem” que se faz a
um lugar consagrado ou dedicado a uma das pessoas divinas, a Nossa Senhora ou a
um santo. Toda peregrinação deve ser caminho para uma vida melhor e mais
profunda. O povo vai ao santuário, faz promessas e cumpre seus votos para obter
saúde, paz e vida feliz. A peregrinação é símbolo de uma vida peregrina. Desde
o nascer até o instante da última viagem somos todos caminhantes. Existem pessoas e comunidades que assumem a
itinerância como forma de viver, para trabalhar ou simplesmente para fugir das
guerras e perseguições. No mundo atual, milhões de nômades reivindicam o
direito a itinerar como forma de vida. No Brasil, muitos povos indígenas
peregrinam todo o tempo, como o guarani, “em busca da terra sem males”.
As pessoas precisam de símbolos. Por
isso, Deus aceita as romarias. O próprio Jesus fazia peregrinações. Foi numa
romaria em Jerusalém que deu a sua vida pelo mundo. Mas, ele nos ensinou a
peregrinar com o coração para o misterioso santuário da presença de Deus no
outro ser humano, ou na comunidade religiosa, culturalmente diferente de nós.
3- Histórico
das romarias das comunidades ao Santuário
de Aparecida
No dia 20 de novembro, os
afro-brasileiros celebram o Dia da
Consciência Negra. Para abrir as comemorações e unir as entidades negras
católicas numa grande festa (kizomba), foi instituída a Romaria das Comunidades
Negras ao Santuário Nacional de Aparecida. O Santuário Nacional de Aparecida
foi escolhido porque é ali que acorrem tantos romeiros para demonstrar o seu
carinho para com a padroeira do Brasil. Ela é nossa Mãe negra e a nossa
Mariama, isto é Maria e ama.
É
uma celebração de festa e memória. Em comunhão com o memorial de Jesus Cristo
recordamos a caminhada dos negros e negras nesta terra abençoada por Deus.
Celebrando a nossa
caminhada, de tudo de bonito que tem acontecido na nossa história, reforçamos a
opção cristã pela vida em todas as suas dimensões.
Por isso, é a
comunidade negra que está em festa, a qual, além da celebrar a memória do
Mestre de Nazaré, se reúne para partilhar, cantar, dançar e mostrar a sua
criatividade. A tradição cultural
afro-religiosa tem na comunidade a expressão maior de sua vivência. Trabalhos,
festas, atividades religiosas, tudo está relacionado com a participação da
comunidade. Deus se manifesta nas expressões comunitárias (Versão popular
do Estudo da CNBB 85, n. º 33).
Cada ano cresce a animação, a organização, a qualidade, a quantidade e o
envolvimento de grupos organizados da pastoral afro-brasileira. Porque se
acredita em nós e no Espírito de unidade que nos move. Vindos de muitos
estados, de todo jeito. Todos com fé, com esperança na força da nossa comunhão.
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