PASTORAL AFRO: De 08 a 16 de Janeiro – Pastoral Afro no Curso de Verão

A coordenação da Pastoral Afro, da Comunidade São Joaquim e Santana avalia e investi na presença da juventude no curso de verão deste ano.

Fizemos uma reunião, depois de uma longa investigação das possibilidades e disponibilidades das pessoas em estarem no curso de verão e percebemos que havia uma juventude que poderíamos patrocinar, assim como investir:

*** Mariana / Bianca / Beatriz / Thaís / Taínara.

Cinthia, enquanto coordenadora e responsável pelas meninas, esteve no papel de levar a Pastoral Afro para junto da vivencia de todo grupo e em especifico dessas meninas. Ficou-se em um grupo de 14 pessoas, na Comunidade São João, em Santana – SP. O grupo de jovens que se uniu a nós foi o da Paróquia Santa Luzia:

*** Thiago / Mateuzinho / Cauê / Reginaldo / Rafael / Felipe / Carolzinha.

Tivemos também no meio de nosso grupo e com muita pertença e liberdade a Ritinha, do assentamento de Sumaré.

Campinas causou uma boa impressão em todos os momentos de curso. Passamos por alguns “sofocos”, com relação ao financeiro, mas com a união e trabalho em grupo, aprendemos e superamos. Tivemos ajuda financeira:

*** Izalene Tiene / Pastoral Operaria / Pastoral Afro / Paróquia Santa Luzia.

Nosso grupo que já não era mais de 5 pessoas, ficou sendo de 14, e estivemos presentes nas seguintes tendas:

*** pintando a cidadania / teatro / dança criativa / celebração popular / musica / jornal popular.

Nossas expectativas foram superadas e nosso grupo já esta se articulando para o curso de verão do ano que vem ...................

Pensando - Vários rostos

Dentro dessa comunidade negra, negra cristã, negra africana é que experimentamos a pratica e os valores espirituais, a transcendência e a circularidade. Estes valores incluem: amor, fraternidade, hospitalidade, bondade, atenção, honestidade, carinho, sustentação, generosidade, feminilidade, respeito...comunhão. Encontramos nossa identidade mais fácil, em tudo, em tudo que vemos, e buscamos, sentimos e comunicamos. Seja nas relações pessoais, familiares, com outro, com outra, com o divino, com os ancestrais.

FATO !!!

A escravidão não congelou a alma do nosso povo, acorrentou nossos pés, mão e acabaram com as nossas familias. Não paralisou o pensamento dos mandingas, mal tratou o sentimento mais autentico do nosso povo. Yorubás, bantu, Fanti, Asnti, Ewê Fon, Gegi, Nagô ou Akan. É hora de esquecer o esquecimento e fazer reviver e brotar dos nossos corações a nossa espiritualidade. A memória existe e há memórias que surgem em contos, relatos, mitos e crenças, mistérios, gestos e danças, vida e morte, toques e silêncio de tambores.

Mulher Negra

Ser mulher e, negra, também ser, é sentir, em dobro, a dor,
é lutar e sobreviver. Ser mulher e, negra, também ser, é por duas sempre valer, é desdobrar o seu valor. Ser mulher e, negra, também ser, é sentir, em dobro, a dor.
É guardar dentro do peito, o grito da liberdade, qual o mais doce confeito.
É guardar dentro do peito, a esperança dum mundo feito
de paz e igualdade. É guardar dentro do peito, o grito da liberdade.
É ser sempre a guerreira, vencendo obstáculos, e tomando a dianteira.
É ser sempre a guerreira, e vencer, à sua maneira, desta vida os percalços
É ser sempre a guerreira, vencendo obstáculos.
Mulher negra, negra mulher, fica aqui esta homenagem, de um poetinha qualquer. Mulher negra, negra mulher, venha o tempo que vier, és sinônimo de coragem. Mulher negra, negra mulher, fica aqui esta homenagem.

Jorge Linhaça

Contando História

Quando uma mulher de uma certa tribo da África, sabe que está grávida, segue para selva com outras mulheres e juntas rezam, meditando até que apareça a canção da criança. Quando nasce a criança, a comunidade se junta e lhe canta sua canção. Quando ela começa a sua educação, o povo se junta e lhe canta sua canção. Quando se torna adulta, as pessoas novamente se juntam e lhe cantam sua canção. Quando sua alma esta para ir para outro mundo a familia e os amigos, se juntam como no dia de sua nascimento e cantam sua canção para acompanha-la na viagem e assim permanecer para sempre. Em outras ocasiões esta canção também é cantada: se em algum momento da vida alguém comete uma falta grave com a comunidade ou com a natureza...esta pessoa é levada até o centro do povoado, se faz um circulo e se canta sua canção. "TEUS AMIGOS CONHECEM A TUA CANÇÃO, E A CANTAM QUANDO A ESQUECES"

PASTORAL AFRO

Introdução

De 08 a 16 de Janeiro – Pastoral Afro no Curso de Verão - SP

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